RISCOS DO PIERCING BUCAL

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 O uso do piercing bucal, prática cada vez mais comum entre os jovens, oferece riscos para saúde .Mesmo com uma boa higiene bucal, os adeptos não estão livres de doenças, que pode variar de simples inflamações até casos mais graves, como o câncer. Segundo o estudo coordenado pelo Cirurgião- Dentista Artur Cerri, estomatologista da Universidade Santo Amaro (Unisa), biópsias realizadas na língua de 80 usuários de piercing mostram que , em 100% das pessoas, houve alterações histológicas.
A pesquisa durou um ano e foi concluída em abril de 2003.As pessoas avaliadas, a maioria homens na faixa dos 20 anos, usavam o piercing há dois anos e meio em média. Quanto mais tempo o usuário ficar com a jóia na boca, maior a chance de contrair doenças. "Houve ainda dois casos de virose oncogênica (vírus que leva ao câncer) pelo HPV no tecido aderido ao piercing".
Do ponto de vista intrabucal o piercing também pode provocar traumas dentais (trincas e fraturas), periodontopatias (retrações gengivais, bolsas periodontais, e inflamação das fibras periodontais com sensação de crescimento dentário associado à dor), halitose (mau hálito), feridas, alergias, infecções e inflamações locais.
A mucosa bucal é bastante sensível, ao contrário da pele, assim exige cuidados especiais por se muito mais vulnerável à lesões.
Uma das orientações atuais é o uso, como substituição do piercing bucal, o piercing dental, pode ser um cristal ou uma jóia de ouro ou pedra preciosa , colada ao dente com o uso de resina, que não danifica nem desgasta o esmalte, não necessita uso de anestésico, e pode se removido sem nenhum dano ao dente quando não houver mais interesse.

Referencia bibliográfica:
Cerri, Artur; Silva, Carlos Eduardo Ribeiro da; Santos, Plínio. "Estudos aponta riscos do piercing na língua", Jornal da A.P.C.D., junho de 2003. São Paulo, Brasil.