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A função do periodonto é a inserção do dente ao tecido ósseo dos maxilares e conservar a superfície da mucosa mastigatória da cavidade bucal. O periodonto também é chamado de aparato de inserção ou de tecido suporte do dente e estabelece uma unidade funcional biológica e evolutiva que sofre modificações com a idade e com relação às modificações do meio bucal.
O que é ortodontia?
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O tratamento ortodôntico torna a boca mais saudável, proporciona uma aparência mais agradável e dentes com possibilidade de durar a vida toda.
O especialista neste campo é chamado de ortodontista. Os ortodontistas precisam fazer um curso de especialização, além dos cinco anos do curso regular.
Apenas seu dentista ou ortodontista poderá determinar se você poderá se beneficiar de um tratamento ortodôntico. Com base em alguns instrumentos de diagnóstico que incluem um histórico médico e dentário completo, um exame clínico, moldes de gesso de seus dentes e fotografias e radiografias especiais, o ortodontista ou dentista poderá decidir se a ortodontia é recomendável e desenvolver um plano de tratamento adequado para você. Se você apresenta algum dos problemas abaixo, pode ser um candidato para o tratamento ortodôntico:
- Sobremordida, algumas vezes chamada de "dentes salientes" - este problema é caracterizado por um excesso vertical da região anterior da maxila e/ou uma sobre-erupção dos dentes dessa região. Nos casos de sobremordida, os dentes anteriores superiores recobrem quase 100% dos dentes inferiores, conferindo um sorriso desagradável e problemas mastigatórios. Os dentes inferiores podem, inclusive, estar tocando no palato e na gengiva do arco superior.
- Mordida cruzada anterior - uma aparência de "bulldog", quando a arcada inferior está projetada muito à frente ou a arcada superior se posiciona muito atrás.
- Mordida cruzada - ocorre quando a arcada superior não fica ligeiramente à frente da arcada inferior ao morder normalmente.
- Mordida aberta - espaço entre as superfícies de mordida dos dentes anteriores e/ou laterais quando os dentes posteriores se juntam.
- Desvio de linha mediana - ocorre quando o centro da arcada superior não está alinhado com o centro da arcada inferior.
- Diastema - falhas, ou espaços, entre os dentes como resultado de dentes ausentes ou dentes que não preenchem a boca.
- Apinhamento - ocorre quando existem dentes demais para se acomodarem na arcada dentária pequena.
Diversos tipos de aparelhos, tanto fixos como móveis, são utilizados para ajudar a movimentar os dentes, retrair os músculos e alterar o crescimento mandibular. Estes aparelhos funcionam colocando uma leve pressão nos dentes e ossos maxilares. A gravidade do seu problema é que irá determinar qual o procedimento ortodôntico mais adequado e mais eficaz.
Aparelhos fixos podem ser:
- Aparelho fixo — este é o tipo mais comum de aparelho; consiste de bandas, fios e/ou braquetes. As bandas são fixadas em volta de vários dentes ou um só dente, e utilizadas como âncoras para o aparelho, enquanto que os braquetes são presos na parte externa do dente. Os fios em forma de arco passam através dos braquetes e são ligados às bandas. Apertando-se o arco, os dentes são tracionados, movendo-se gradualmente em direção à posição correta. Os aparelhos fixos são geralmente apertados a cada mês para se obter os resultados desejados, que podem ocorrer no prazo de alguns meses até alguns anos. Atualmente eles são menores, mais leves e exibem bem menos metal que no passado. Podem apresentar cores vivas para as crianças, bem como estilos mais claros, preferidos por muitos adultos.
- Aparelho fixo especial — utilizados para controlar o hábito de chupar o dedo ou a língua "presa", estes aparelhos são fixados aos dentes através de bandas. Por serem muito desconfortáveis durante as refeições, devem ser utilizados apenas como um último recurso.
- Mantenedor de espaço fixo — se o dente de leite é perdido precocemente, um protetor de espaço é utilizado para manter este espaço aberto até que o dente permanente nasça. Uma banda é cimentada ao dente próximo ao espaço vazio e um fio é estendido até o dente do outro lado do espaço.
Aparelhos móveis incluem:
- Niveladores — uma alternativa para os aparelhos convencionais para adultos, niveladores em série estão sendo utilizados por um número crescente de ortodontistas para mover os dentes da mesma forma que os aparelhos fixos, mas sem os fios de aço e os braquetes. Os niveladores são virtualmente invisíveis e removíveis para que o usuário possa se alimentar, escovar os dentes e passar o fio dental.
- Mantenedores de espaço móveis — estes aparelhos têm a mesma função que os mantenedores fixos. São feitos com uma base acrílica que se encaixa sobre a mandíbula e têm braços de plástico ou arame entre determinados dentes que devem ser mantidos separados.
- Aparelhos reposicionadores de mandíbula — também chamados de talas, estes aparelhos podem ser utilizados no maxilar superior ou mandíbula, e ajudam a "treinar" a mandíbula a fechar em uma posição mais favorável. São utilizados para disfunções da articulação temporomandibular (ATM).
- Amortecedores de lábios e bochechas — são destinados a manter os lábios e bochechas afastadas dos dentes. Os músculos dos lábios e bochechas podem exercer pressão sobre os dentes e os amortecedores ajudam a aliviar esta pressão.
- Expansor palatino — um mecanismo utilizado para alargar o arco da mandíbula superior. Consiste em uma placa de plástico que se encaixa sobre o céu da boca. A pressão externa aplicada sobre a placa por meio de parafusos força as juntas dos ossos do palato a se abrirem para os lados, alargando a área palatina.
- Contentores móveis — utilizados no céu da boca, estes aparelhos de contenção previnem que os dentes voltem à posição anterior. Podem também ser modificados e utilizados para evitar que a criança chupe o dedo.
- Aparelho extrabucal — com este aparelho, uma faixa é colocada em volta da parte de trás da cabeça, e ligada a um elástico na frente, ou um arco facial. Este aparelho retarda o crescimento da maxila e mantém os dentes posteriores onde estão, enquanto os dentes anteriores são empurrados para trás.
QUANDO DEVEMOS NOS PREOCUPAR COM OS DENTES CISOS ?
Com a idade de 15, 16 anos, se o jovem apresenta arcada dentária completa, devemos já radiografar a região dos terceiros molares. É por este período que os terceiros molares já formaram coroa e está inciando a formação das raízes, o que nos permite prever se haverá espaço para a erupção (nascimento) dos sisos ou não.
POR QUÊ DEVEMOS NOS PREOCUPAR COM O DENTE DO CISO?
Porque estes dentes quando não encontram espaço na boca, podem causar uma série de problemas como: dor, infecção, deslinhamento dos dentes, reabsorções nos dentes vizinhos e problmeas mais sérios, como a formação de cistos e tumores, tendo por resultado a destruição dos maxilares e dos dentes saudáveis. Lembre-se: Você pode não sentir dor até que os danos sejam significativos.
QUANDO DEVEMOS REMOVER OS CISOS?
A remoção cirúrgica deve obedecer alguns critérios, à saber: Idade: em mandíbula ( maxilar inferior), quando mais precocemente removermos um dente que, no futuro, não terá condições de erupcionar ( nascer ), mais rápida e menos incômoda será a cirurgia.
Antecedentes Familiares: Infelizmente a tendência familiar pra dentes impactados ou de grande volume é verdade. Se alguém da família apresentou ou apresenta impactação ou malformação dental, é muito provável que um irmão ou filho possam apresentar o mesmo quadro.
A CIRURGIA DO CISO É COMPLICADA? DÓI ?
Não! Simplesmente é delicado, mas para o cirurgião, não para o paciente. É executado sob anestesia local comum, em consultório, com os cuidados normais de uma pequena cirurgia bucal. Também poderá ser executada com anestesia geral em ambiente hospitalar, sem necessidade de internação, ocasião em que serão removidos todos os dentes cisos do paciente de uma única vez, com somente uma recuperação. A dor é facilmente controlada com analgésicos de média potência, tornando o pós-operatório bastante cômodo.
E O PÓS-OPERATÓRIO ?
É muito importante a colaboração do paciente. Exige um repouso absoluto por 24 horas e relativo por mais 24horas. O paciente seguindo as instruções recomendadas, dificilmente terá desconforto ou problemas.
E POR QUÊ OS JOVENS TEM TANTOS PROBLEMAS COM OS CISOS ?
Esta é uma pergunta que os pais sempre nos fazem: "No meu tempo, não era necessária esta cirurgia...". Infelizmente as gerações anteriores não tinham acesso aos consultórios dentários como hoje e por isso, nossos pais foram muito mutilados, extraindo dentes que hoje seriam perfeitamente tratáveis. E com as extrações, os espaços permitiam a erupção dos cisos sem problemas.
Dentes Decíduos ( de Leite)
Os dentes de leite, como o próprio nome dá a entender, são os nossos primeiros dentes, aqueles que começam a nascer enquanto somos bebés (até aproximadamente os 3 anos de idade) e que nos acompanham ao longo dos primeiros anos de vida. A ordem de nascimento dos dentes de leite é, geralmente, a seguinte:
- 6-12 meses: dentes incisivos inferiores
- 7-10 meses: dentes incisivos superiores
- 9-12 meses: dentes laterais superiores e inferiores
- 12-18 meses: primeiros molares superiores e inferiores
- 18-24 meses: caninos superiores e inferiores
- 24-30 meses: segundos molares inferiores e superiores
Dentes Permanentes
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6 - 7 Anos
- Incisivos centrais inferiores
- Primeiros molares inferiores
- Primeiros molares superiores
- Incisivos Laterais inferiores
- Incisivos Centrais Superiores
8 - 9 Anos
- Incisivos Laterais Superiores
9 - 10 Anos
- Caninos Inferiores
10 - 11 Anos
- Primeiros pré-molares superiores
10 - 12 Anos
- Primeiros pré-molares inferiores
- Segundo pré-molares inferiores
11 - 12 Anos
- Segundos pré-molares inferiores
- Caninos Superiores
11 -13 Anos
- Segundos Molares Inferiores
12 -13 Anos
- Segundos molares superiores
17 - 21 Anos
- Terceiros molares inferiores (dentes do ciso)
- Terceiros molares superiores (dentes do ciso)
O que é Odontopediatria?
A odontopediatria é o ramo da odontologia que cuida da saúde bucal das crianças. Hoje sabemos que o grande medo que as pessoas têm de enfrentar a cadeira do dentista é devido às experiências negativas que tiveram quando crianças. Por esse motivo, o trabalho do odontopediatra é tão importante.
São eles os responsáveis pela higiene não só das crianças que já tem dentinhos, mas também dos bebês e das gestantes. Aliás, as mães devem procurar esses profissionais ainda durante a gravidez, enquanto ainda tem um tempinho sobrando, para se informar sobre os cuidados que devem ter a partir do nascimento.
O tratamento para crianças também requer cuidado especial. Os pequenos precisam de maior atenção e psicologia para que a visita ao dentista não vire uma tortura. O ambiente também deve ser atrativo, ajudando a criança a se sentir confiante e descontraída.
É importante que os pais conversem com o odontopediatra sobre qualquer experiência ruim que a criança tenha tido para que o profissional saiba ajuda-lo a lidar com esse medo e o tratamento ocorra da melhor maneira possível.
A Gestante no Dentista
As futuras mamães podem, e devem, cuidar dos seus dentes, independente do período de gestação. O dentista irá decidir quais procedimentos podem ser realizados e em qual período. É importante que a gestante com necessidade de tratamento procure o dentista logo no começo da gestação, para que o dentista decida o momento e o procedimento mais oportuno. Normalmente, esse momento é no segundo trimestre da gestação, período de maior estabilidade da mamãe e do bebê.
O nível de saúde bucal da mãe tem relação com a saúde bucal da criança. Portanto, hábitos saudáveis de higiene bucal e uma boa alimentação devem ser adotados desde a gravidez. Para ter uma alimentação equilibrada, a gestante deve evitar a adição de açúcar, já que o açúcar natural dos alimentos é suficiente para a saúde da gestante e o do bebê.
Aquela história que durante a gravidez os dentes da mãe ficam mais fracos e apresentam problemas não têm nenhum fundamento. O aparecimento de cárie nesse período está relacionado apenas à mudança da dieta da gestante, mas de nenhuma forma à gravidez em si. Com uma dieta balanceada e uma boa higiene bucal, os dentes da mãe e os do bebê não serão prejudicados
Os dentes de leite são sim importantes e merecem todo o cuidado. São eles que guiam o nascimento dos dentes permanentes, que abrem os espaços para a dentição posterior e são essenciais para uma boa mastigação e para a fala.
A saúde dos primeiros dentinhos motiva a saúde dos dentes permanentes.
Os primeiros dentes nascem ao redor do sexto mês de vida, mas a limpeza da boca deve começar antes, com uma gaze ou fralda molhada em água filtrada, passe por toda a boca da criança, limpando gengiva, bochechas e língua.
Assim, desde pequenina a criança se acostuma com a intervenção na boca, não dando trabalho quando começar a ir ao odontopediatra e com hábitos orais corretos.
Fase pré-escova - Cada idade tem um jeitinho de fazer a limpeza da boca do bebê. Logo que os dentinhos nascem, a gaze ou fralda é substituída por uma dedeira. Da dedeira, a escova de dente infantil já é recomendada. O fio dental é recomendado assim que os primeiros dentes surgem.
O uso de creme dental só deve ser usado sob orientação do odontopediatra, que indicará quando e qual creme usar, já que para os pequenos não pode conter flúor devido à imaturidade da deglutição - a criança ainda não está suficientemente preparada para engolir todo o flúor que, em excesso, pode fazer mal à saúde dos dentes permanentes.
Cárie de mamadeira - Existe um mal que acomete cerca de 60% das crianças de até três anos de idade e que pode ser evitada com algumas atitudes: a cárie de mamadeira, provocada principalmente pela alimentação noturna da criança (seja o leite materno ou não) seguida do sono sem a devida higienização.
A saliva tem uma ação protetora dos dentes e ajuda a manter a boca limpa, mas durante o sono, a quantidade de saliva diminui, favorecendo a rápida instalação da cárie.
A cárie de mamadeira provoca muita dor e ataca todos os dentes da criança em um curto espaço de tempo, provocando mau hálito, deficiência na mastigação e na fala, além de ficar com uma estética feia. Se a mamãe observar manchas brancas opacas nos dentinhos do seu filho, leve imediatamente ao dentista. Essa machinha é o início da cárie.
Outros fatores que provocam a cárie de mamadeira são o uso excessivo de açúcares na alimentação da criança e o hábito que algumas mamães têm de adoçar a chupeta para acalmar o bebê e fazê-lo dormir.
Como a cárie é ima doença infecciosa, isto é, passa de pessoa para pessoa, evite assoprar a comida da criança, dividir o mesmo talher ou beijar a sua boca, pois se estiver com cárie, pode contagiar a criança.
A boa higienização oral desde bebê é um bom começo para uma dentição saudável no futuro.
A primeira visita ao dentista
É com seis meses de vida que começam a aparecer os primeiros dentinhos do bebê. E é também nesse momento que deve acontecer a primeira visita ao odontopediatra. Normalmente, os dois dentes inferiores da frente são os primeiros a nascer, seguidos pelos dois de cima. Até os dois ou três aninhos de vida da criança vão surgindo os outros dentes de leite.
Os odontologistas recomendam que crianças e adolescentes visitem o dentista a cada seis meses. Esse é o tempo ideal para detectar qualquer início de cárie e conseguir combate-la sem que o dente tenha que ser restaurado.
Se a primeira consulta do bebê acontecer logo que aparecer o primeiro dentinho, os pais podem ser orientados a acompanhar a erupção dos outros dentes e assim, possivelmente, a criança nunca terá uma cárie.
Outra vantagem de começar os cuidados cedinho é que a criança vai acostumando com o ambiente, com os profissionais e com os procedimentos. Se na primeira consulta a criança já apresenta uma cárie, ela terá que ser submetida à anestesia para fazer a obturação. Muitas vezes, a visita é tão tardia que a criança precisa tratar o canal ou até mesmo extrair o dente.
Então, é bom lembrar. Para que a criança não sofra nem fique traumatizada, o melhor é prevenir!
Cuidando dos dentes do bebê
A limpeza da boca dos bebês é um assunto que merece toda atenção. Os pais devem aprender como manter os dentes limpos desde o momento que eles começam a aparecer.
Quando apenas os dentes da frente estiverem presentes a mãe pode usar dedeiras, gaze embebida com água, mas preferencialmente, escovas apropriadas para essa faixa etária. Assim que os dentes de trás nascem, a higienização com escova apropriada é imprescindível.
O uso da pasta de dente é importante. Atualmetne a recomendação é que o uso de creme dental convencional com flúor a partir da erupção dos primeiros molares decíduos (em torno de 14 meses), na quantidade equivalente a um grão de arroz, sob supervisão dos pais, entre uma a três vezes por dia, dependendo da disponibilidade dos pais. Antes desta idade, com a presença apenas dos dentes anteriores, a recomendação é que a limpeza seja feita com fralda ou gaze umedecida em água pura.
E lembre-se que a pasta nunca deve ser deixada ao alcance das crianças.
Cuidando dos dentes das crianças
Conforme a criança vai crescendo e mudando seus hábitos alimentares, a atenção com os dentes deve redobrar. Chega uma fase que eles não têm hora certa para comer, estão sempre com balas na boca, querem tomar um picolé em cada esquina, e carregam pacotes de salgadinhos aonde vão.
O ideal é que a criança escove os dentes sempre após as refeições e após ingerir alimentos doces que contém açúcar, como chocolate, bolo, pirulito, bolacha recheada, bala, brigadeiro e chiclete.Porém, como às vezes eles emendam uma guloseima atrás da outra, a melhor solução é estipular os horários.
De todas, a escovação antes de dormir é mais importante. Segundo a odontopediatra, a saliva protege os dentes contra cárie e quando dormimos a produção de saliva cai, deixando os dentes mais suscetíveis à ação das bactérias. Tão importante quanto a freqüência de escovação é a utilização de uma técnica de escovação correta e adequada para a faixa etária da criança, que deve ser ensinada pelo odontopediatra. O uso do fio dental após cada refeição também é tão essencial quanto à escovação.
O uso do flúor
O flúor é um elemento muito importante para a formação do biofilme, ou seja, a proteção dos dentes. Ele, em contato com a saliva, que contém cálcio, fortalece o dentinho. Por isso, devemos usar flúor sempre.
“Os cremes dentais contém a proporção exata de flúor que devemos usar diariamente”, diz a odontopediatra Bruna Montecchi. Além disso, todas as pessoas, adultos, crianças, bebês e gestantes devem ingerir diariamente uma baixíssima concentração de flúor sistêmico, encontrada na água de abastecimento da sua cidade.
“Por isso é importante ingerirmos sempre água filtrada, pois as águas minerais engarrafadas nem sempre apresentam essa concentração de flúor. O flúor sistêmico, além da importância para a formação dos germes dentários, é responsável pela manutenção do ph da nossa saliva, diminuindo os riscos de cárie e doenças gengivais”, ensina a dentista.
Além desse tratamento diário, os especialistas recomendam, de 6 em 6 meses, uma visita ao dentista, onde ele fará a remoção mecânica da placa bacteriana e aplicará o flúor numa concentração maior.
O flúor da pasta de dente, dos enxaguantes bucais e dos consultórios não pode ser ingerido. “O excesso de flúor pode causar uma fluorose, onde os dentes que irão erupcionar nascem com manchas brancas, além de causar dores de estomago, vômitos, diarréias entre outras complicações, se ingeridos em grandes quantidades”.
Os perigos da má higienização
Quando falamos da importância de escovar bem os dentes, a primeira coisa que vem à cabeça é, certamente, as cáries. Porém, o problema vai muito além das cáries!
Se a higiene oral é mal feita, pode causar uma série de problemas que vai se complicando e, conforme a gravidade, pode resultar na perda do dente. “A má higienização pode causar um acumulo excessivo de placa bacteriana que, além de cárie, causa tártaro resultando em uma inflamação na gengiva. Com o passar do tempo esta inflamação pode se tornar uma periodontite ou até mesmo a perda de um dente
Traumatismo dentário
Durante a infância é comum que as crianças, que levam milhares de tombos aprendendo a andar, correndo, brincando e andando de bicicleta, acabem batendo os dentes. Por isso, os pais devem saber como proceder no caso de um acidente para conseguir “salvar” o dente ou, pelo menos, diminuir o estrago.
No caso de pancadas, pode haver a fratura de uma parte ou a perda total do dente, por isso é importante procurar um especialista o mais rápido possível nesses casos de emergência.
O traumatismo pode afetar o dente de leite, ocasionando o seu amolecimento e comprometendo a dentição permanente. Em muitos casos, o dano é muito maior do que aparenta, por isso, um profissional deve avaliar a lesão através de radiografias. O dente pode começar a escurecer só dois ou três dias depois do acidente, o que é um indício da perda da vitalidade do dente.
Se houver fratura ou perda total do dente, os pais devem tentar conservá-lo em leite, soro fisiológico ou, se a criança for mais madura, conservá-lo sob a língua até chegar ao dentista, que tomará as providencias. Neste último caso, a criança deve ser bem orientada a tomar o cuidado de não engolir o dente ou o fragmento.
Após o tratamento de canal, o dente necessita de cuidados especiais?
Sim. O primeiro cuidado é restaurar o dente o mais breve possível para evitar a fratura da coroa e a recontaminação do canal por microorganismos da saliva. Outro cuidado que se deve tomar é fazer controle clínico-radiográfico após 6 meses. Se o dente apresenta lesão óssea perirradicular, os controles são realizados a cada 6 meses até o desaparecimento da lesão. Se essa lesão não diminuir ou não desaparecer no período de 2 anos, é recomendável que se repita o tratamento de canal ou se faça a cirurgia apical, para evitar a extração do dente.
Uma infecção na raiz pode prejudicar a saúde?
Sempre que há infecção na raiz e lesão óssea visível na radiologia significa que a polpa está infectada com bactérias no interior do canal. Essa inflamação óssea pode permanecer por vários anos sem causar dor e danos à saúde, pois o sistema de defesa do nosso organismo está sendo capaz de neutralizar as toxinas liberadas pelas bactérias. Entretanto, quando ocorre queda na resistência orgânica, esses microorganismos podem desencadear uma inflamação aguda no osso, acompanhada de dor e edema (inchaço), além de ocorrer penetração das bactérias na corrente sangüínea (bacteremia). Porém, felizmente, em pessoas saudáveis sem complicações de ordem sistêmica, essas bactérias circulam por todo o corpo e são eliminadas pelas células de defesa em poucos minutos.
Pode voltar a doer um dente com canal tratado?
O tratamento de canal tem um alto índice de sucesso, mas, em alguns casos, o dente pode voltar a doer por diversos motivos: falha do tratamento anterior; dentes com raízes muito curvas (anatomia complicada); canais calcificados; quebra ou ausência da restauração do dente com canal tratado, com conseqüente recontaminação do canal etc.
A diabete contra-indica o tratamento de canal?
Se a diabete estiver controlada ou compensada, o tratamento pode ser realizado sem problemas, porém é importante tomar cuidado ao medicar com antiinflamatórios, pois está contra-indicado o uso de cortisona.
Se o paciente tem problemas cardíacos, deve-se tomar algum cuidado especial para realizar o tratamento de canal?
Em pacientes com problemas cardíacos que já se submeteram à cirurgia ou que possuem defeitos congênitos como prolapso da válvula mitral, é necessário o uso de antibioticoterapia profilática. Essa precaução deve ser tomada não somente quando se realiza tratamento de canal, mas também em qualquer outro tipo de intervenção dentária, como tratamento de gengiva, extrações, colocação de implantes, reimplantes etc. Como foi dito anteriormente, quando se instrumenta o canal infectado, ocorre a bacteremia. Essas bactérias que penetram são jogadas na corrente sangüínea; se encontrarem condições favoráveis, tendem a se alojar e a se multiplicar nesses locais, podendo causar doenças graves como a endocardite. N dúvida, o médico deve ser consultado.
No caso do reumatismo infeccioso, é melhor remover o dente infectado ou tentar tratamento de canal?
Pode ser tentado o tratamento de canal, desde que se faça medicação profilática com antibióticos, já que o reumatismo infeccioso é provocado por bactérias que são encontradas na cavidade bucal.
No caso de um dente reimplantado após trauma, o tratamento de canal assegura o sucesso do reimplante?
Se o dente avulsionado por um trauma for reimplantado imediatamente ou dentro de 30 minutos e, nesse caso, mantido na boca (saliva) ou armazenado em meio úmido (água, soro fisiológico, leite), a chance de se obter sucesso é muito alta. Como ocorre ruptura dos vasos sangüíneos e nervos, o tratamento de canal é necessário e deve ser realizado no período de uma semana a 10 dias para assegurar o sucesso do reimplante.
No caso de fratura acidental da coroa de um dente permanente que acabou de erupcionar, é preciso fazer tratamento de canal? Esse dente vai continuar sua erupção?
Mesmo que haja exposição da polpa (nervo do dente), com sangramento, o tratamento de canal não deve ser realizado, pois a raiz não está totalmente formada. Nesses casos, realiza-se somente a remoção da polpa coronária (nervo da coroa do dente), mantendo-se a polpa radicular para que a raiz complete sua formação. É importante que, durante esse período, seja realizado um acompanhamento com radiografias e testes com gelo para verificar a vitalidade do dente.
Um dente com canal tratado tem a mesma resistência que um dente sem canal tratado?
O índice de sucesso do tratamento de canal é alto (por volta de 90%) e o dente pode permanecer na boca por tanto tempo quanto um dente íntegro. É bom lembrar que o tratamento de canal não enfraquece o dente. O que causa enfraquecimento é a perda de estrutura dental causada geralmente por cárie, que, por sua vez, leva o dente a necessitar da intervenção endodôntica.
Artigo extraído da revista APCD V.54 N. 5, de setembro/outubro de 2000.
Orientações sugeridas pelos Dr. Noboru Imura e Dra. Maria Ines R. C. Fagundes.
O que é o tratamento de canal?
Ele consiste na remoção da polpa dental, uma estrutura viva que contém, entre outros elementos, nervos e vasos sangüíneos.
Por que um dente necessita de tratamento de canal?
De modo geral, o tratamento é indicado em duas situações: 1) quando a polpa vital se apresenta inflamada, com dor espontânea (pulpite) em decorrência da exposição da dentina por cárie profunda, fratura da coroa, retração gengival etc; ou 2) quando a polpa perde a vitalidade (polpa necrosada) e compromete a estrutura que envolve a raiz, provocando inflamação da membrana periodontal e do osso de modo assintomático (granulomas e cistos) ou com dor (abscesso).
O dente que apresenta tratamento de canal é considerado um dente morto?
Não, pois embora o dente não contenha mais a estrutura vital no seu interior (a polpa), o dente é envolvido em toda a sua superfície externa por um ligamento vivo (membrana periodontal), permitindo que esse elemento dental continue a executar suas funções normais sem nenhum prejuízo.
O tratamento de canal enfraquece os dentes?
O que causa enfraquecimento do dente é a perda da estrutura dental causada geralmente pela cárie que, por sua vez, leva o dente a necessitar do tratamento de canal.
O que causa enfraquecimento do dente é a perda da estrutura dental causada geralmente pela cárie que, por sua vez, leva o dente a necessitar do tratamento de canal.
Quantas sessões são necessárias para realização do tratamento de canal?
Se o profissional tiver experiência e habilidade suficientes, pode realizar o tratamento de canal em apenas uma sessão, especialmente se o dente não estiver infectado (se não houver presença de bactérias no canal). Na presença de pus, hemorragia persistente, tumefação ou em retratamentos e casos especiais, os tratamentos de canal podem ser realizados em sessões múltiplas.
Por que algumas vezes é necessário realizar o retratamento do canal?
Quando o tratamento de canal anterior não foi bem executado por algum motivo (dificuldades anatômicas, raízes com curvaturas acentuadas, canais calcificados etc., ou quando o dente não foi devidamente restaurado, pode ocorrer a recontaminação do canal pelas bactérias presentes na saliva, levando à necessidade de retratamento.
O dente com canal tratado pode voltar a doer algum dia?
Sim. Mesmo que o tratamento de canal tenha sido bem executado, o dente pode voltar a doer se não receber restauração definitiva ou se ocorrer uma cárie profunda, permitindo a recontaminação do canal.
O que são Implantes Dentários?
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